O logotipo em arco evoca tanto os portais de monastérios quanto a forma do diapasão. Feito de luz e sombra, evoca as velas e a vida monástica: a arte como ascese, superação do estado presente e entrada no mundo do espírito. A identidade visual emula os padrões de cores das iluminuras, e todos os elementos se voltam para a ideia central do projeto: música ilumina.

A paisagem específica na área do projeto surge como condicionante principal da solução arquitetônica, sugerindo a exploração panorâmica da inspiradora vista das montanhas. A estrutura em concreto surge como um monobloco, adequado às demandas acústicas, para a sala principal de performances e gravações e todo o conjunto construído, e propondo uma integração flutuante e quase mineral com o entorno.

Ter participado do design e projeto de uma construção excepcional, da medição do sistema de som e falantes e também de produções de música de alto nível me permite dizer, orgulhosamente, que o consenso entre engenheiros, produtores e músicos é que o Sonastério soa tão bem aos ouvidos quanto é bonito aos olhos. Foi um projeto exemplar: um reconhecido cliente, um grande arquiteto e uma geometria perfeita.